Por que brasileiros investem cada vez mais no imobiliário em Portugal
- 19 Jan, 2023 • 17:54
Alta procura é efeito dos valores atrativos do Visto Gold, que autoriza residência e eventual cidadania no país.
Em meio ao mais intenso fluxo migratório já registrado de brasileiros para Portugal, que este ano fez a comunidade lá instalada bater o recorde de 250 000 integrantes, um especial atrativo faz brilhar os olhos de quem, além da ambição de fincar o pé em terras lusitanas, conta com uma boa reserva de capital: o Visto Gold.
O Visto Gold oferece ao detentor o direito de residência permanente e, na sequência, a obtenção de cidadania.
O visto é concedido a quem faz “investimento qualitativo” em Portugal, aí incluídos a criação de postos de trabalho e o financiamento de pesquisas, entre outros. Os negócios fechados com brasileiros representam até 30% do total atualmente, mais do que o dobro do habitual.
Desde janeiro, os imóveis residenciais em Lisboa e Porto foram retirados do benefício. No entanto, nessas cidades, ainda é possível investir na compra de imóveis comerciais ou turísticos, como hotéis – Único tipo de investimento disponível na RA Brasil – sendo que os valores para esse tipo de investimento são de 280 mil euros (1.50 milhões de reais) e 350 mil euros (1.90 milhões de reais).
Cumpridas todas as exigências do processo, o investidor, após cinco anos, pode solicitar a nacionalidade portuguesa. Ao longo dos trâmites, só é preciso passar sete dias por ano no país.
As razões mais citadas para o êxodo de brasileiros para Portugal são a busca de mais segurança e melhor qualidade de vida. Quem consegue a cidadania ganha o benefício extra do cobiçado passaporte vermelho da União Europeia, que garante trânsito livre em boa parte do mundo.
“Isso permitirá que meus filhos estudem e morem na Europa e no futuro, quem sabe, todos nos mudemos para lá”, disse um investor brasileiro que reside no Pará.
“Juntamos o bônus de poder morar na Europa com a chance de ter um patrimônio em moeda forte e com riscos minimizados”, acrescentou o investidor.
O Brasil é o segundo maior beneficiário do programa, com 1 137 processos.
Fonte: Veja Abril